sábado, 18 de junho de 2011

LEÃO MARINHO

Hoje vim de boleia com 3 amigas do Porto. Uma conheci hoje. As outras tornaram-se amigas depois de as começar a atender, já há alguns anos. E quando vão a Oeiras marcam sempre para uma 6ª feira, que é uma forma de eu vir embora com elas.

São todas lindas e todas divertidas. Quase que nos surpreendemos por nos darmos tão bem.

E hoje começamos a perceber que tinhamos coisas em comum em que nunca reparamos. Embora aparentemente sejamos todas muito diferentes e com actividades diferentes, desde engenharia, psicologia até à S., que é uma estudiosa da cultura Maia, viajando regularmente para o México desde há 6 anos (chegou há 1 mês de uma estadia de 4 meses) organiza viagens e retiros ao México, faz palestras e workshpos sobre os antigos ensinamentos Maias, e dá consultas de astrologia e cosmovisão Maia. É quem eu conheço há mais tempo.

Hoje estava um pouco aflita, porque não faz nada para divulgar a sua actividade, por opção, e enquanto vinhamos na viajem um primo influente ligou-lhe a dizer muito naturalmente que tinha divulgado a actividade dela por milhares dos seus contactos e que já estava a receber imenso feedback...Quantas vezes a divulgação exige um esforço e investimento enormes, e a ela caiu-lhe na sopa...por acaso estavamos comer um caldo verde na estação de serviço quando ela me contou isso, porque quando recebeu o telefonema eu vinha a dormir...

Percebemos que todas que vínhamos no carro, temos em comum uma característica quando meditamos, e que não é uma característica tão comum assim. E que curiosamente ao que parece é uma característica dos Maias e explicada por eles. Também já tenho dito que como destino de próxima viagem elegeria o México. E dizia-o sem que isso tivesse alguma coisa a ver com a S.

Há dias aprendi tanta coisa sobre o Brasil ao falar com aquele senhor que referi no texto Jericoacoara, como a gaiola com cerca de 100 araras, que existe numa pequena cidade de que não lembro o nome, e que são todas viúvas, machos e fêmeas, e que apesar de estarem ali juntas não se envolvem umas com as outras, porque continuam fiéis ao companheiro que morreu...algumas até se tentam suicidar depois da morte dele...aprendi que os crocodilos não têm língua, e que os rios Solimões e rio Negro que confluem no Amazonas, têm consistências completamente diferentes, o que faz que as águas não se misturem e metade da àgua do rio corra a uma velocidade, e a outra metade corra a uma velocidade diferente.

E hoje aprendi muito sobre o México, como por exemplo que em qualquer curva, pode vir um carro em sentido contrário, na nossa direcção. Aprendi também sobre as picadas de escorpião... Mas o que aprendi mais foi a nível espiritual.

Às tantas elas comentaram sobre a minha distracção e ao explicar-lhes o meu mapa, a S. disse-me que eu era um Leão Marinho...e eu que nunca tinha pensado nisso, achei que me assentava como uma luva...

Parece que as contagiei porque se enganaram duas vezes no caminho...

4 comentários:

Lurdes disse...

Leão marinho... Boa...
Gostei muito deste texto, para variar, vou repetir-me os teus textos, são sempre bons. LOL
Mas a que me deixa mais curiosa e já tínhamos falado nisso ... Os crocodilos não terem lingua ... Estamos sempre a aprender...
Fascina-me muito a cultura Maia e ficou-me aqui uma vontade incrível de visitar o México. Sempre tive mas ultimamente cresce dentro de mim essa vontade.
Um abraço e continua a escrever assim ... porque está quase...
Lurdes

Pedro Quitério disse...

México.....
Com este texto que refere a espiritualidade daquele povo e seus locais de culto, lembrei-me de um filme que vi há muito tempo, ainda o Jeff Bridges era um miúdo...corria o ano de 1984...que tinha como banda sonora uma música também de um homem que admiro: Phil Collins.
O tema intitula-se "Against all odds" e só algumas pessoas ligam essa música ao México...as ue viram o filme...claro.
Parte dele, e a mais bonita, decorre em Chichén Itzá e sua Pirâmide de Kukulcán...
(Lembro-me de uma cena do filme com uma perseguição automóvel entre um porsche e um ferrari, que termina sem incidentes, e ainda hoje deve ser uma das melhores do género)
Também gosto de carros...
Depois de ter lá ido e a subir, com os seus enormes degraus em pedra, é só admirar as alturas...e sentir aquela força....
Quando voltei visionei o filme algumas vezes em casa, para sentir o local de novo...
Se não conhecem o filme desafio-vos a ir ao clube de video mais próximo...
Deixo-vos aqui um video com o tema musical, com imagens bonitas, ainda que não sejam do México...

http://www.youtube.com/watch?v=Kts6Uykvq1U&feature=related

(para quem não viu o filme aqui vai também o trailer oficial, parece muito violento mas não é...na altura devia ser o que mais chamava a atenção para o levar a ver... mas é uma história de amor e MUDANÇA...se fosse hoje para o trailer tinham escolhido outras cenas, tenho a certeza)

http://www.youtube.com/watch?v=7SvYYPHyuAI

Como a Lurdes hoje não inseriu nenhum video, a mim cabe-me inserir dois....Heheheheh

Beijinhos e abraços.

Lurdes disse...

E isto há sincronismos, enquanto tratava um doente, relatou-me a sua viagem ao México, e contou-me coisas, vivências, tão belas, tão espirituais, esteve nas tribos, vivenciou as suas crenças, partilhou-as e eu aqui a pensar nada disto acontece por acaso.
Incrível, desafiou-me a ir e pronto que mais posso dizer...
Obrigada Pedro, o seu comentário está ... Sem palavras, tão real, só sei que me querem levar para o México, só pode!!! (não vi os vídeos porque não consegui, mas logo vou vê-los com muita atenção.)
Tenho tanto tempo, acabo por não ter tempo, porque está todo ocupado... Porque estou a trabalhar. Gosto tanto do que faço, felizmente. Obrigada.
Sincronismos e mais sincronismos... só no teu site são sem conta.
Obrigada Amiga.

Olinda Cristina disse...

Muitos abraços Lurdes e Pedro!
ainda não vi o filme mas fiquei curiosa, vou tentar ver. Obrigada.