terça-feira, 28 de agosto de 2012

O COMPROMISSO

"Estás pronta para morrer na cruz?"

(...)

Todo o meu organismo reagiu a esta pergunta. Não só o coração, mas também o estômago e todos os outros orgãos.

E lembrei-me do meu compromisso. O compromisso que assumi com Jesus, há alguns anos. Em que escolhi percorrer o meu caminho, fazer o processo evolutivo, em que lhe pedi orientação e protecção. E entreguei-Lhe a minha vida. Aceitando o que quer que isso implicasse.

Entreguei-me em consciência. Sabia que isso implicava aceitar o que ainda não tinha conseguido aceitar. Sabia que isso implicava conhecer-me até ao mais fundo de mim, ao mais negro de mim. Sabia que isso implicava enfrentar o que nunca consegui enfrentar. O que nunca aceitei enfrentar. O número e grau de dificuldade de desafios é proporcional às vezes e à forma com que já nos recusamos a passar por eles. Sabia que isso implicava render-me áquilo a que resisti durante séculos.

Sabia que isso implicava ser fiel a mim própria e áquilo em que acreditava.

Sabia que isso podia implicar perder tudo. Passar por tudo. E aceitar. Só assim me libertaria do que me prende, do que me trava, e avançaria.

Foi isso que Ele nos veio ensinar. A sermos fiéis a nós próprios e áquilo em que acreditamos, tenha isso as consequências que tiver. Mesmo que seja morrer na cruz.

Os tempos são outros. E Ele voltou. Já não tem corpo, já não tem forma. É uma frequência de vibração. É um estado. É Luz. A Luz em que se transformou. Transcendeu-se. Evoluiu até patamares para nós ainda inalcançáveis.

Mas está cá para nos ajudar a fazer o que ainda não conseguimos.

Está cá para nos iluminar, amar e ajudar. Felizes os que acreditam. E eu passei tantos anos da minha vida a pedir para acreditar que, no momento próprio, e não quando eu quis, passei a acreditar. E porque acreditei, senti-O. E porque O senti ganhei coragem. E com Ele todos os desafios se enfrentam. E tudo se agradece. Porque o que sente depois de enfrentar um desafio é incomensurável. A transformação que se dá em nós e na nossa forma de viver é inexplicável. A confiança, a coragem e a alegria que se ganham são brutais.

Este mês tem sido especialmente difícil para mim. Estou de férias desde o dia 4 e passo os dias fechada em casa da minha Mãe, em Rebordosa, e quando saio é para ir com o meu filho ao hospital, que ainda está a recuperar da operação plástica que fez no início de Julho, e por isso ainda tem que ir ao hospital várias vezes por semana. E um dia, de repente, quando vinhamos de lá, comecei a sorrir. Sentia-me feliz por ter a presença de Jesus na minha vida. Por confiar. Por acreditar que apesar de não saber o motivo pelo qual a vida estava outra vez tão difícil, havia um motivo. Eu ainda não sabia qual era. Mas havia. E tinha ajuda para o enfrentar. E saber isso já era uma enorme felicidade.

Aos poucos fui percebendo o motivo. Ou melhor, os motivos.

E só hoje, ao 25º dia de férias é que me sinto realmente bem. Precisei de 25 dias. 25 dias para mudar. 25 dias para aprender a viver outra vez no desconforto. Só hoje, depois da meditação da manhã, é que me voltei a sentir feliz e confortável. As condições que me rodeiam são as mesmas. Eu é que mudei. Vejo tudo de outra maneira.

Em nenhuma praia paradisíaca, com nenhuma outra companhia eu teria recebido o que recebi nestas férias. De ninguém mais eu teria recebido o que recebi do meu filho. Mil abraços por dia, o sorriso mais lindo do mundo e as mais ternas declarações de amor. Em nenhum outro lugar que não fosse tão desconfortável, eu me teria proposto a meditar tanto e a sentir tanto a energia de Jesus. Em nenhum outro lugar eu me teria preparado tanto para prosseguir. Porque talvez em nenhum outro lugar eu me tivesse interiorizado tanto.

Ontem Jesus disse-me que este mês foi de treino intensivo. E disse-me porque é que há 6 dias atrás passei junto à Cambridge School, do Porto. Tinha 16 anos quando lá andei. E quando passei achei engraçado ver a rua de novo e o café Asa de Mosca, que ficava por baixo.

E ontem Jesus lembrou-me do curso intensivo que fiz lá. Para entrar no Instituto fazia-se um exame de avaliação que determinava o nível que estavamos aptos a frequentar. Entrei para o 3º ano de Inglês, ao mesmo tempo que frequentava o 10º ano no liceu. No fim do ano lectivo propus-me fazer o 4º ano de Inglês nas férias,durante o mês de Agosto, em curso intensivo. E no fim desse curso de Verão o professor propôs-me fazer directamente o exame mais avançado por achar que eu não precisava de frequentar o último ano.

E Jesus falou-me nesse curso, para me dizer que na altura eu quis fazer o curso intensivo, apesar de ser férias, por gostar muito de Inglês. E que tive tão bom aproveitamento, praticamente fiz o curso todo num ano, exactamente por gostar tanto.

Mostrou-me que, quando confere com a minha energia, e me sinto motivada, eu me disponho a tudo.

E que nestas férias eu também fiz um curso intensivo. No que eu mais gosto. Meditação, conexão com Jesus, conexão com outros níveis de vibração, e a desfrutar do meu filho. E que todo o desconforto que me rodeou me empurrou para isso mesmo. Até o desconforto de não saber porque é eu tinha que estar nesse desconforto.

E hoje, ao voltar aos momentos em que assumi e reiterei o meu compromisso com Jesus, agradeci por tudo. Porque foram e são muito maiores as bençãos que os desafios. Que sendo difíceis, nos libertam do que é realmente difícil na nossa vida: as amarras e os bloqueios. E nos abrem para o amor. E ao AMOR...nada se compara. Nada.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

BEYONCÉ NAS NAÇÕES UNIDAS

Encontrei "por acaso" este vídeo extraordinário da Beyoncé gravado na Assembleia Geral das Nações Unidas para o Dia Mundial Humanitário, que foi a 19 de Agosto.

"ONE DAY, ONE MESSAGE, ONE GOAL.
TO INSPIRE PEOPLE ALL OVER THE WORLD
TO DO SOMETHING GOOD, NO MATTER
HOW BIG OR SMALL, FOR SOMEONE ELSE."



Já é a segunda vez que fico surpreendida com um trabalho da Beyoncé, não que não a admire como artista, mas porque não tem um género de música que eu aprecie especialmente.

A primeira vez foi através de um vídeo que o meu primo Pedro Pereira me dedicou num jantar em casa dele e da minha prima Pinita. Fiquei bastante emocionada e não contava nada que isso acontecesse com Beyoncé.

PORQUÊ REBORDOSA?

Porquê Rebordosa?
Porque é que vivendo em frente ao mar, tenho que passar as férias em Rebordosa? Praticamente fechada em casa. É já o segundo ano consecutivo que isto acontece.

"Precisamente porque vives em frente ao mar. Precisamente porque vives durante o ano em ambiente de férias.

Mais uma vez as férias não são como tu querias. São como tu precisas. Em que outro lugar terias o teu filho todos os dias ao teu lado? Em que outro lugar terias esta relação com o teu filho? Em que outro lugar, e de que outra forma poderia acontecer o que está a acontecer?"


É sempre impressionante como as respostas nos "desarmam".

Realmente, se o meu filho não tivesse sido operado no início de Julho, e não tivesse tido complicações pós-operatórias, ele não teria que ficar em casa. E se não tivesse que ficar em casa, ele saíria todos os dias e eu nunca estaria com ele. E não teria querido ir só comigo de férias, teria ido com os amigos. E continuaríamos a não estar juntos. Como já não estamos ao longo do ano.

Assim estamos juntos. Não podemos sair para lado nenhum. E estamos todos os dias juntos. A toda a hora. E a toda a hora eu tenho demonstrações do carinho e amor dele. Que me chega a surpreender.

Pergunto-me: como é que o amor do meu filho ainda me pode surpreender? Mas surpreende. Porque é tanto e tão grande...Ainda ontem, estava no sofá e quando ele se aproximou com um sorriso para me abraçar e dizer que me amava, eu de repente tive a sensação de ele ser um anjo. E só consegui abraçá-lo. Não consegui falar.

Quase todos os dias tem que ir ao hospital fazer curativos. O resto do tempo está em casa. E está calmo, sereno, sorridente e ternurento.

Daqui a poucas horas vai fazer uma ressonância magnética.

E ao lado dele, aprendo com ele. Aprendo sobre coragem e sobre amor.

E melhor do que as melhores férias, é o amor do meu filho.










segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O BLOGUE E OS SINAIS

Já há dias que ando para escrever mas alguma coisa me ia impedindo. Estava a resistir a contar o que me foi revelado, digamos assim, em meditação. Que eram assuntos que só a mim interessavam, que não tinha nada que divulgar, que não me estava muito a apetecer escrever sobre isso, enfim, eram os argumentos que apresentava a mim mesma. Como se eu não tivesse já escrito e divulgado tanta coisa que em princípio só a mim interessaria.

E últimamente quando fico muito resistente e preguiçosa, peço sinais. Não se fizeram esperar. Um deles veio na forma de um texto da Lurdes no seu próprio blogue, escrito há dois dias. - http://anavangary.blogspot.pt/2012/08/quem-eu-sou.html

O título do texto com o nome do meu blogue chamou-me logo a atenção, e nele a Lurdes conta que conheceu o meu blogue há um ano e uns meses e que isso mudou a vida dela. Que a libertou.

E realmente foi através do meu texto FREEDOM que ela conheceu o blogue. A Lena tinha lido o texto numa das aulas que dá no Projecto, a que a Lurdes assistia, mas a meu pedido não tinha identificado o autor/a do texto. Nem sequer tinha referido que era um texto de um blogue. Por isso foi com muita surpresa que apareceu um comentário de um anónimo no meu blogue, a dizer que tinha ouvido aquele texto na aula da Lena. Era a Lurdes, que o descobriu pesquisando na net, digitando no Google frases do texto que tinha fixado.

Um comentário de um anónimo, tinha sido o sinal que eu tinha pedido a Jesus para confirmar o que Ele me tinha proposto, que era começar a divulgar o blogue, mas a que eu estava a resistir. Não costumo pedir sinais porque sei que tenho que confiar no que sinto. Mas estava a ficar tão baralhada e resistente que pedi. E veio, passado cerca de uma semana. Mais claro não podia ser.

E agora, nestes dias, a mesma coisa. Novamente pedi um sinal a propósito do blogue. Mais uma vez estava a ficar resistente e apesar de saber que o que tinha a fazer era desmontar e prescindir da resistência, pedi um sinal. E veio um dia depois. Na forma deste texto da Lurdes, com quem não falava desde que tinha entrado de férias e que não sabia de absolutamente nada do que se estava a passar comigo.

Mas não me rendi. Continuei a resistir. Não escrevi o que tinha de escrever. E decidi: quando fizer outra meditação em que se confirme que tenho mesmo de escrever, eu escrevo.

E ontem, do nada, uma outra amiga, também Lourdes, com quem nunca tinha falado pela net na vida, me disse algo que não me deixou dúvidas do que tinha de fazer. Apareceu de repente, disse-me apenas uma frase e desapareceu.

E rendi-me, com os olhos cheios de lágrimas.

Então aqui vai:

Na semana passada, durante uma meditação ao som de "Love Theme" do Moby, apareceu à minha frente, a minha energia mas com uma forma diferente. Era eu, mas com um corpo diferente. E dançava. Dançava ao som da música do Moby, de forma completamente descontraída e muito diferente do que sou, hoje.

De certa forma fiquei chocada. Via-se perfeitamente que era eu mas o corpo era muito mais magro. De calças e e blusa curta. Um pouco largas, nada justas ao corpo, e que revelavam um estilo muito próprio, um tudo nada menos feminino, digamos assim. Cabelo pelos ombros, menos encaracolado. Menos sorridente, mais centrada, feliz e bastante descontraída.

Foi-me então explicado que esta seria eu, hoje, se me tivesse respeitado nos momentos em que comecei a ter que tomar decisões sobre a minha vida.

Mais uma vez confirmei o que já há muito sei, que o meu corpo é reflexo da falta de respeito que tive para comigo mesmo ao longo da vida e que é um assunto com o qual ainda não sei lidar pacíficamente. Incrívelmente esse foi o meu maior choque. Perceber que nunca teria sido gorda na vida. E a seguir o choque desse ter sido esse o meu maior choque. E não o facto de ser uma pessoa que foi ao longo da vida mais equilibrada, centrada e descontraída.

Foi-me mostrada como teria sido toda essa vida, se eu tivesse feito escolhas diferentes. Foi-me mostrado tudo ao pormenor. A única perda pela qual teria passado teria sido um incêndio em terrenos de uma quinta onde viveria. Não teria tido as perdas violentas que tive na minha vida. Não teria passado pelo cancro de um filho. Mas não teria filhos. Esse foi o segundo choque.

Vivia feliz. Amava e era amada. Profundamente. Mas a dois.

Não teria passado por quase nada do que passei. Mas também a minha vida não teria tido a repercussão que hoje tem. Foram as minhas perdas que me levaram ao trabalho que faço. Foram as minhas perdas que me levaram ao meu blogue. Foram as minhas perdas que me puseram em contacto com milhares de pessoas.

E as minhas perdas vieram como consequência de não me ter respeitado.

Mas ao fim e ao cabo, prefiro a minha vida com perdas do que sem perdas.

A minha resistência em escrever isto, veio mais da dificuldade em interpretar isto tudo.

Porque parece que resulta que então mais vale não nos respeitarmos, se as consequências disso são mais gratificantes do que o contrário.

Mas não, o que resulta daqui é que tudo está em equilíbrio. Quando se perde, e se aproveita a perda para mudar o que causou a perda, ganha-se muito mais do que o que se perdeu.

E apesar desta vida não ter sido fácil, está a ser extremamente gratificante e desconfio que não a trocaria por nada.

Ainda hoje de manhã estava a fazer outra meditação. E quando estava a pedir Jesus que tratasse o meu filho, Ele disse-me: "Trá-lo para o azul." E levei-o para aquela energia de água de luz azul. Naquela energia parecia que estava em casa dele, como um golfinho no mar.

"O teu filho é um Indigo puro. Só precisava de se fragilizar e render.Perder força e poder"

E realmente, desde que teve alta do hospital o meu filho mudou bastante. Está mais terno do que nunca. Tranquilo. Em paz. Há dias falei-lhe da importância da fragilização e da mudança. E ele respondeu-me que era o que estava tentar fazer.

E estas férias, em que não podemos sair de casa, práticamente, porque ele está em recuperação, têm sido os momentos em que temos estado mais unidos do que nunca.

"Mais do que da água do mar o teu filho precisa desta "água azul". Trazê-lo para aqui é do que ele mais precisa. Esta é a energia dele."

Água foi sempre a sua grande paixão. Ou não fosse ele do signo Peixes. Em pequenino a minha mãe até me chamava a atenção por eu o deixar andar tantas horas no mar e na piscina. Acreditava que ele ia mesmo perder a pele como que por descamação. De facto ele passava horas e horas seguidas debaixo de água. Literalmente debaixo de água. Só de vez em quando se via a cabeça dele cá fora. E isso impressionava qualquer um.

Não poder mergulhar,durante todo o Verão e até pelo menos Outubro, está a ser um grande desafio. Que até agora ele tem encarado de forma surpreendente. Mas afinal, em energia, ele continua a mergulhar, qual golfinho...

E mais uma vez, a vida nos surpreende, e mostra que mesmo quando tudo parece estar a correr mal, afinal não está. Afinal, a vida está a equilibrar e dar-nos uma oportunidade maravilhosa.

Afinal, está sempre tudo certo. Tudo como tem de estar. Tudo como é melhor para nós.














terça-feira, 7 de agosto de 2012

GRATIDÃO ( por LOUIE SCHWARTZBERG)

Este vídeo foi-me enviado pela Lucinda Ferreira no meu aniversário. Tocou-me muito. As imagens, de uma beleza incrível, condizem com a profundidade da mensagem.

Senti-me muito grata.

sábado, 4 de agosto de 2012

46º ANIVERSÁRIO

Faltam 6 minutos para a meia-noite. Estou agora a começar a escrever este texto, que vai apanhar os últimos minutos do dia 4 e os primeiros do dia 5 de Agosto. O dia do meu aniversário.

Acabei de fazer uma meditação há pouco, entretanto já é meia noite e estou a ouvir foguetes...mais uma coisa estranha e curiosa. É a primeira vez que ouço foguetes à meia noite do meu dia de anos. Desde que acabei a meditação que ainda não pararam de acontecer coisas absolutamente curiosas e inesperadas.

Mesmo agora a minha prima Sara, a mais nova dos primos que está de férias nos EUA em casa do João, que é meu afilhado e padrinho dela- e por isso costumo dizer que ela é minha afilhada neta- pediu-me para ligar o Skype. Só que este computador não tem câmara nem microfone e por isso só eu é que os ouvia. Eles falavam e eu respondia no Facebook. O João ironizava a dizer que era tecnologia muito avançada com Skype e FB em simultâneo. Cantaram-me os parabéns e eu de cá só chorava. A seguir publicaram no FB a foto de um bolo que o João fez, com velas e tudo, para comemeorar o meu aniversário. A Sara chamava a atenção que ele o fez sozinho, e o decorou e tudo. E quando vi as velas no meio de um coração, ainda chorei mais. E quanto mais eu choro mais eles se riem. Porque sabem que eu reajo sempre assim.



Entretanto dispersei-me e vou ter que meditar outra vez para escrever o que é para escrever.

Retomo agora de manhã. Quando interrompi o texto, fui meditar cheia de alegria, porque do que mais gosto na vida é da conexão que se estabelece nesse estado, e a informação que obtive foi mais uma vez emocionante, mas já era de madrugada e senti que não era para escrever nesse momento mas para esperar pela meditação que teria de fazer logo que acordasse. Assim fiz. Acabei mesmo agora.

Mal acordei senti novamente uma enorme alegria por poder continuar a meditação anterior. Aliás, o que mais me alegra neste início de férias é o tempo que vou ter para meditar.

Mais uma vez fui levada por Jesus para uma frequência de vibração em que a energia é azul. Parecia uma água de luz azul. Difícil de descrever, mais parecia que estava a assistir a um espectáculo surreal. E era. Senti a vibração de Aquário. Tão forte que o meu corpo era percorrido por uma espécie de corrente eléctrica, que me dava a sensação de que tudo estava a abanar. Já há 3 dias acedi a esta energia. E por três vezes abri os olhos, para confirmar que não estava tudo a cair dos móveis, porque me dava a a sensação de um tremor de terra, embora eu estivesse completamente em paz.

Em paz e em êxtase. E um êxtase tão grande que tive a sensação que o coração podia não aguentar. Tal como já uma vez senti que o coração podia não aguentar de dor. Tive a sensação de estar a conhecer os limites da emoção. Até onde o coração humano pode ir. Quando sinto a energia de Jesus com esta intensidade sinto também que o Mundo pode acabar, posso morrer, porque nada mais importa...Até porque já estou no Céu. E hoje acredito sinceramente que não há melhor sensação na vida, do que estarmos na Terra e sentirmo-nos no Céu.

"Este é o teu propósito: viveres assim na Terra. Levares esta frequência para onde vives. Viveres lá em baixo com esta energia.

Por isso nasceste onde nasceste, e viveste sempre a dez centímetros do chão. Para puxares a vibração. Sempre que te sentiste deslocada, desenquadrada, dispersa e distraída, no mundo da Lua, foi porque vivias a dez centímetros do chão. Sentiste-te tão criticada e julgada por isso que sempre tentaste ser como os outros. Até que ir para a Lua se tornou uma fuga a tanta dor. À dor de não poderes ser como és. Sempre tentaste enraizar. E criaste âncoras. Que tiveste que arrancar. E neste momento estás a ser confrontada com um dos teus maiores apêgos, uma das tuas maiores âncoras. Tens que arrancar o resto do apêgo maternal e o resto do apêgo da terra. Por isso foste levada à exaustão, para te poderes fragilizar ao limite e finalmente aceitar o que ainda não aceitaste completamente."


Na verdade, há cerca de três, percebi numa terapia que a Lena me fez, que ia ter que dar este passo. Arrancar esta âncora. E comentei com ela que não ia conseguir. Que sabia que já tinha conseguido muita coisa mas isto não ia conseguir. E realmente se não fosse o estado de fragilização por exaustão a que cheguei na última semana, certamente não teria conseguido o que consegui. O passo está dado. A decisão tomada. Precisei de ser lavada a um limite, como quase sempre precisei, mas estou a avançar. Mais um degrau.

Hoje Jesus mostrou-me, em retrospectiva, os últimos dez anos da minha vida. O período em que começaram as grandes perdas. E como foram essas perdas que me abriram a mente e o coração. Só assim deixei a cultura em que cresci, de missas, de terços, de novenas, de quaresmas, de sacrifícios, de culpas, de pecados, de vergonhas, dos colégios de freiras e padres, em que andei, e acreditei numa pessoa que nunca teve religião, nunca foi a uma missa, não conhecia a Bíblia, mas tinha visto e ouvido Jesus. Um Jesus que se libertou da cruz há dois mil anos. Um Jesus de energia e luz. Um Jesus de amor. Foi há oito anos que acreditei na Alexandra. Porque contra tudo o que a minha cabeça dizia, ao pegar no livro dela senti a energia de Jesus. Na altura não sabia que foi isso que senti. Porque só mais tarde O vi e senti.

Na altura também não sabia que o Céu já estava a olhar para mim e a ver como eu reagia. Tudo estava previsto. Dependia de como eu reagisse.

Por isso devo tanto à Alexandra e me sinto tão grata. Se ela não tivesse feito o mais dificil, dizer num país pequeno e católico, que via e ouvia Jesus, eu talvez nunca O tivesse conhecido. Talvez eu nunca tivesse acreditado na possibilidade de O sentir. E nada disto teria acontecido na minha vida.

"Levar a energia de Luz, levar a minha energia ao coração das pessoas, é o teu dom."


Comecei a chorar convulsivamente. É o que me acontece sempre que Jesus me faz estas revelações.

"Por isso choraste tanto quando no Dom (as sessões que a Alexandra está a fazer de canalização da energia de Jesus) respondi à Liliana que viver a dez centímetros do chão era um dom. E ao mesmo tempo te disse que essa resposta era para ti. Que esse era o teu Dom. Que sempre viveste a dez centímetros do chão para puxares as pessoas para esse nível. Isso e levares-me ao coração das pessoas. Esta é também a tua arte. Há dias dizias que ainda não tinhas descoberto qual era o teu dom artístico. É este. Este é o teu dom e a tua arte."


O meu choro aumentou. Já ontem tinha chorado muito quando Jesus me tinha dado a minha "prenda de anos": um reforço de recursos nos tratamentos de Luz.

"Estás a receber esta prenda porque aceitaste abrir o teu coração. Em vez de o fechar, como sempre fizeste quando foste ferida, aceitaste abri-lo. Por isso todas estas bençãos. Porque estás cada vez mais transparente. E a transparência faz com que reflictas mais a Luz, tal como um cristal, um diamante. Por isso as máscaras de quem se aproximou de ti ocultando a identidade, caíram. E descobriste que quem te julgou por te respeitares e seres fiel a ti própria, tinha uma máscara. A energia da transparência desmascara. E descobriste mais uma vez, que vale sempre a pena seres quem tu és, independentemente da reacção e opinião dos outros."

As últimas semanas têm sido em simultâneo das mais dificeis mas também das mais gratificantes. E na sexta-feira assim que acabaram as consultas e entrei de férias, tive uma massagem oferecida pela Isabel. Quando a estava a receber senti-me no colo de Jesus, que me disse que está sempre a cuidar de mim. As lágrimas caíam, e senti-me rodeada de anjos. Logo a seguir fui surpreendida com outra situação inédita na minha vida e das mais gratificantes que me aconteceram.

E desde aí a cada momento tenho sido surpreendida. Até por FB, email e telefone as surpresas têm sido quase minuto a minuto. E à meia noite de ontem, intensificaram-se.

Neste momento sinto-me muito feliz. Muito grata. E surpreendida.

Até pela orquestra com que fui presenteada no Céu. E me fez lembrar o vídeo que o Zé Jorge me dedicou.

Uma orquestra no Céu??????? A tocar para mim??????? A aplaudir-me????????? Com a presença de Jesus?????? Por momentos, a plenitude. Aos 46 anos o momentos da maior felicidade na minha vida.


Abri os olhos, peguei no telemóvel e no ecrã estava escrito "5 de Agosto, Dom". Dom de Domingo, mas ainda assim Dom. E quando abri o computador reparei que ele estava junto ao arranjo de flores brancas que trouxe da última sessão do Dom. E abri o FB e tinha esta notificação de uma amiga sobre a Lua Azul:

"Temos assim uma Lua Cheia, começando em Aquário a 2 de Agosto e uma Lua Cheia em Peixes a 31 de agosto e uma Lua Nova, em Leão, em 17/08. Agosto irá anunciar a nossa unidade coletiva (Aquário) com a nossa criatividade individual (Leão) e a nossa conexão espiritual com o mistério de Toda a Vida (Peixes). Que talento estivemos a reter, que está prestes a explodir? Onde se afastaram dos outros ou permitiram a fuga para mantê-los separados ou sem participarem plenamente da vida?
Esta lua cheia estimula o sentimento de independência e liberdade, as novas amizades e o amor."

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