domingo, 12 de junho de 2011

JERICOACOARA. E a energia que se entrecruza.


A Manuela veio cá lanchar hoje. Andava eu nos últimos dias a pensar tanto nos meus amigos e a Manuela, amiga de há 11 ou 12 anos, apareceu. Ligou-me na sexta-feira e combinamos o lanche para hoje. E ontem, estava em casa da minha prima Sara e um senhor que lá estava presente contou-me das suas viagens ao Brasil. Que há 12 anos vai lá umas 3 ou 4 vezes por ano. E chega a ficar 3 meses seguidos. E às tantas falou de Jericoacoara...e a primeira pessoa que me tinha falado desse local no Ceará foi a Manuela...que também vai praticamente todos os anos ao Brasil,muitas vezes fazer retiros, e às vezes mais do que uma vez por ano, e desde há muitos anos. Aliás a Manuela por razões de trabalho (actualmente a participar no desencolvimento de um projecto super interessante e extremamente invulgar, de que hei-de aqui falar), sempre viajou muito por todo o mundo. E sobre Jericoacoara tinha contado que sendo um local de tão dificil acesso, que fica no fim do mundo, que demora cerda de 7 horas desde Fortaleza (ainda ontem o senhor contou que os últimos 20km são feitos de carrinha ou jipe de caixa aberta, e que demoram cerca de 4 horas a ser feitos, porque são só dunas) tinha lá encontrado pessoas amigas, o que à partida era altamente improvável. E pensei: como é que a Manuela liga ontem e hoje me falam de Jericoacoara?!...

Mas foi curioso estarmos a falar do Brasil e de repente alguém nos chamou a atenção de que nós portugueses, estavamos entre nós a falar do Brasil e que as outras pessoas que estavam presentes eram brasileiras...nós é que parecíamos os brasileiros...

Mais engraçado é que a Manuela foi a primeira pessoa a falar-me de vidas passadas. Conheci-a na loja da minha mãe (ainda hoje falamos disso e da gabardine que foi a primeira compra dela) porque ao Sábado era sempre eu que lá estava a trabalhar e a Manuela, que vive no Porto, costuma passar os fins de semana em Paços de Ferreira. E lembro-me de a estar a atender e ela fazer um comentário sobre vidas passadas. Eu parei. Era a primeira pessoa que estava a conhecer que falava nisso. Só conhecia esse assunto de ler sobre ele. Rápidamente nos tornamos amigas e falavamos horas a fio. Sobre espiritualidade. E passou a ir regularmente à loja para continuarmos as nossas conversas. Aprendi imenso com a Manuela. Também foi a primeira pessoa que me falou em Reiki, porque tinha formação em 2 ou 3 níveis, a primeira a falar-me em "Muitas Vidas, Muitos Mestres" de Brian Weiss, e a primeira a oferecer-me um livro do Paulo Coelho - "Brida". Hoje em dia já nos vemos mais raramente, mas é como se não nos vissemos só desde a véspera. Pelo menos no Verão tentamos sempre encontrarmo-nos no Mindelo, onde habitualmente passo férias, para um dia de praia e um lanche ao fim da tarde na esplanada do Dunas, com uma cerveja fresquinha.

Hoje estava a contar-me de ter estado há 8 dias em Madrid, numa manifestação do Movimento 15-M na Porta do Sol, em Madrid. E a propósito da energia que lá sentiu e da energia que os locais emanam a nossa conversa partiu para outras paragens, que a Manuela entretanto conheceu, como as Igrejas de La Madeleine e a de Saint Suplice, em Paris, que ficou mais conhecida pelo "Còdigo da Vinci" de Dan Brown. Mas talvez do que mais a tinha impressionado tinha sido o Carvalho de Calvos, na Póvoa do Lanhoso. Uma àrvore com mais 500 anos e que pelos vistos emana uma energia surpreendente...Ainda me contou de ter feito a Rota Celta e da sua passagem pela Irlanda. As duas temos a sensação de lá ter vivido antes desta vida. Talvez até seja de lá que nos conheçamos...

Ah...e depois de inúmeras tentativas, hoje começamos finalmente a tratarmo-nos por tu...Mais um laço que demos na nossa já longa amizade...

2 comentários:

Pedro Quitério disse...

Jeri...
Que saudades...
Estivemos lá em 2004, e desse maravilhoso local, ficou uma promessa, que um dia se Jesus deixar irei cumprir...Conhecia Jeri de nome há muito, só faltava estar lá, e isso aconteceu numa viagem que fizemos ao Brasil que começou em S. Luis e Lençóis Maranhenses e acabou no Cabo de Sto. Agostinho, passando por OLINDA, localidade com inúmeras influências portuguesas.

No trajecto de 4X4 Barreirinhas (porta de entrada para os Lençóis)até Fortaleza, onde íamos apanhar avião até ao Cabo de S.Agostinho, que na agência nos disseram que se fazia bem num dia, optámos por incluir Jericoacoara como escala de percurso.

Ainda bem, porque por falta de informação da agência era humanamente impossível fazer tal percurso num só dia e, para o comprovar, ficou a demonstração: Chegámos ao fim do dia a Jeri, ainda a tempo de ver o pôr do sol na maior duna (imperdível) e no dia seguinte para conseguir chegar a Fortaleza a tempo do avião, que era ao final do dia, foi tomar o peq almoço e sair. Foi só o tempo de dormir e pouco...

Resultado soube bem mas muito, muito, muito a pouco, e para ajudar a Rita ficou com uma indisposição repentina, do nada começou a chorar e com uma dor forte nas costas...foi logo para o quarto... hoje provavelmente já a justificava melhor e com uma limpeza talvez tivesse melhorado.

Assim guardou com mágoa a sua permanência em tão maravilhoso local e daí a promessa de lá voltar... aquele percurso de dois dias em 4X4 é uma coisa sem descrição...a parar aqui e ali para tomar banho em lagoas do outro mundo...

Beijinhos e abraços
PQ

Olinda Cristina disse...

Ó Pedro, que engraçada esta vossa viagem...e passar por Olinda...a primeira vez que ouvi falar nesta cidade foi através da Irmã Nicomedes, uma freira holandesa que leccionava no Colégio de Baltar onde fiz a primária...um colégio moderno e de freiras, quase todas estrangeiras...Diz, e muito bem, que o que aconteceu à Rita teria passado com uma limpeza, muito provávelmente...Realmente, os relatos que ouço de Jeri são todos impressionantes, acho muito bem que lá voltem...Beijinhos e abraços.