No último texto esqueci-me de contar um pormenor, que para mim foi bastante relevante.
Quando entrei no quarto da minha Mãe, naqueles momentos em que estavam a ultimar a remodelação, reparei que já não estavam lá os livros. A minha mãe gosta muito de ler e tinha muitos livros no quarto. E tinha ficado apenas um. Que estava na nova mesinha de cabeceira. "A Morte: um Amanhecer", de Elizabeth Kubler-Ross. Um livro que me foi oferecido há muitos anos pela minha amiga Manuela Ribeiro, que o tinha comprado no Brasil. Não sei se entretanto foi editado em Portugal, mas creio que não.
Por acaso (?) é dos livros mais importantes que li. De forma muito resumida, o livro é o resultado da pesquisa da autora, psiquiatra, sobre a vida após a morte. A sua conclusão é de que a morte é um processo idêntico ao do nascimento. Morre-se numa existência para se nascer numa outra.
E a mudança é isso. É uma morte e um renascimento.
Quando o meu filho estava internado, a mensagem com o título "Morte" do "Livro da Luz", da Alexandra, saiu-me três vezes. Por nenhuma das vezes, fiquei assustada. Sempre considerei que a mensagem era uma confirmação do grande processo de mudança que a doença estava a provocar. A mudança é uma morte, e a morte é uma mudança.
"Morte
Não tenhas medo da morte, meu filho, que tudo se resolve.
A morte é outra vida. A transformação plutónica entre o céu e a terra.
A transformação e a aprendizagem, o esforço e a convicção fazem parte da alma humana.
Cada dia que passa morres para o dia de ontem.
E nasces para o dia de amanhã.
Jesus"
in "O Livro da Luz" de Alexandra Solnado
Sem comentários:
Enviar um comentário