domingo, 17 de abril de 2011

A MINHA PAIXÃO POR JESUS

Nunca escrevi sobre Jesus. Ou melhor, sobre a minha paixão por Jesus. Que me trouxe até aqui. Até esta escrita. Até este trabalho. Até esta casa. Até esta praia.

É uma paixão antiga. Mas que se ficava por isso. Durante toda a minha vida tive essa paixão. Mas considerava-me uma pessoa sem fé. E o que mais queria era ter fé.

Só gostava de ir às igrejas quando elas estavam vazias. E quando entrava era só para ficar em silêncio. E tive dois momentos em que algo, na altura inexplicável, aconteceu em duas catedrais. Uma foi em Santiago de Compostela. Dentro da catedral tinha uma capelinha bastante iluminada, que me chamou a atenção, era a do sagrado Coração de Jesus. Entrei e caí de joelhos a chorar compulsivamente. O meu filho, na altura pequeno, não percebia o que se estava a passar comigo. Nem eu.

A outra vez, foi quando entrei na Catedral Duomo, em Milão. Ia a passar em frente, com pressa, mas disse à minha mãe que queria entrar. Assim que entrei e olhei para a imagem d’Ele, ao fundo, voltei a cair de joelhos, em pranto.

Só quando li o “Voo Sensitivo” da Alexandra, no ano passado, é que percebi bem o que se tinha passado comigo. Aliás assim que li a primeira linha do livro, ainda em esboço, comecei a chorar. E desde aí é que sei que há certos locais em que a presença d’Ele é especialmente forte.

E tudo começou quando numa livraria passei pelo primeiro livro da Alexandra. Achava um absurdo que dissesse que eram mensagens de Jesus. Para mim era um Ser inalcançável. O mais alto Arcanjo do Céu não estava ao alcance de qualquer um. Mas a curiosidade foi maior. Li-o numa noite e na manhã seguinte decidi ir a Fátima. Decidi ir lá sentir a energia. Sem saber bem porquê. E, por “coincidência” encontrei lá a Alexandra. Cinco minutos depois de ela ter escrito a última mensagem do segundo livro.

Como é que era possível, que depois de todos os anos de pesquisa, de investigação, que fazia sobretudo em literatura inglesa, encomendado livros do Brasil e dos Estados Unidos, e através de sites escritos em inglês de autores estrangeiros, que depois de tantas capas em que tinha compilado a informação que me parecia a mais avançada, que imprimia da net, depois de livros de autores como Deepak Chopra e Brian Weiss, conceituados a nível mundial, eu fosse encontrar a tal informação que tanto tinha procurado, num livro de uma portuguesa?!...Porquê portuguesa? Porquê em Portugal? E Jesus?!...Como era possível?! Era absolutamente inesperado.
Eu já sabia que Fátima era um chakra da Terra, mas ainda não tinha feito a ligação, que se os milagres tinham acontecido em Fátima, em Portugal…porque é que Jesus não se podia manifestar através de uma portuguesa?...E porquê ela, Ele vai explicando nos livros. Muitos o poderiam ter feito, mas poucos teriam essa coragem.

Estava rendida. Fui fazer os cursos. E depois o curso de terapeutas. Ia duas vezes por semana às aulas, a Carcavelos. Nas aulas de terça-feira, que terminavam às 22h chegava a casa, a Rebordosa, às 3h da manhã. Nós, as três que íamos do Porto, éramos as últimas a sair, como se vivêssemos ao lado. E eu era a que ia de mais longe.

Acho que a maior surpresa da minha vida foi ser terapeuta no Projecto da Alexandra…Frequentava o curso porque sentia que tinha de frequentar. Mas não fazia a mínima ideia para quê. Sem nunca me passar pela cabeça que podia vir a trabalhar com a Alexandra. Não posso dizer que tenha sido a concretização de um sonho, porque nem sequer sonhava com isso. Estava muito para além do melhor dos meus sonhos.

Na altura já conhecia Jesus. Já o tinha sentido nos cursos. Já sabia que Jesus não era inalcançável. Mas eu poder trabalhar com a energia d’Ele, para mim, era.

Logo no primeiro curso tive uma catarse. Lembro-me de ter ficado colada à cadeira. Em silêncio, estarrecida. Era-me difícil acreditar que tinha acabado de estar com Jesus. É muito difícil pôr em causa tudo aquilo em que sempre acreditamos. E sempre tinha acreditado que isso não era possível. E por isso não tinha fé. Se não era possível chegar a Jesus, ia acreditar em quê? Só acreditava que Ele existia, mas num nível a que eu não teria acesso. Mas agora não podia ignorar o que tinha acabado de acontecer.

E desde aí a minha vida mudou. A minha fé brotou. Até perceber que tinha uma fé inabalável.

Uma fé que me fez segui-Lo até hoje. E que me fez senti-Lo em todos os momentos da minha vida, desde aí. E foi Ele que me foi arrastando. Primeiro para os cursos. Depois para o estágio. Depois para o trabalho. Para as consultas que dou hoje. Foi Ele que me arrastou até aqui, Oeiras. Até esta casa. Até esta praia. Foi Ele que me ajudou a passar por tudo o que tenho passado. Com mais ajuda, claro. Da Alexandra, das minhas amigas e colegas terapeutas. Que me ajudam incondicionalmente. E todos os dias tenho sinais dos milagres que se operam nas vidas das pessoas que Ele toca. Não que Ele não toque toda a gente, porque para Ele somos todos iguais e todos merecedores, mas daqueles que se abrem para a energia d’Ele. Que consideram a possibilidade de que seja Ele.

O que sinto quando faço conexão com Ele, acho que não consigo descrever. Não tenho a arte de conseguir explicar. É demasiado intenso. Demasiado sensorial, para passar a palavras. É um Amor sem limites…Diria apenas que nos provoca um estado…um estado de paz…de plenitude…de não ter falta de nada…um estado de conhecimento…um estado de êxtase…que gostaríamos que não fosse interrompido…mas que é…para voltarmos à nossa vida na Terra. E já que temos que voltar à Terra, pelo menos ficamos a perceber o que andamos cá a fazer. E que não andamos sozinhos. Nem desprotegidos.

Por tudo isto, eu Lhe devo a minha vida. E à Alexandra, porque sem ela eu não teria sabido e não estaria aqui. Ela é a pessoa que conheço que mais admiro e em quem reconheço mais coragem. Porque se eu tremo só de estar a contar a minha conexão com Jesus aos meus amigos, ela teve que contar a dela, muito mais intensa e superior, a todo o país, e agora, a todo o mundo.

Agora está nos EUA a lançar o Livro da Luz. Quando vi o anúncio em que era colocada como cabeça de cartaz, ao lado de Deepak Chopra, na Expo de Espiritualidade, onde foi fazer palestras, senti uma comoção incrível…Até onde as coisas podem chegar…senti como um prémio para todos os que acreditaram…Quantos acreditaram no Deepak, e não acreditaram nela, só porque era portuguesa?...Eu sei. Eu sei como pode não ser fácil.

I love You, Jesus.

3 comentários:

Lurdes disse...

Não é nada fácil dar um testemunho, ou tantos testemunhos como os teus.
O caminho é individual, apesar de sermos guiados por tantos seres de luz, que se cruzam no nosso caminho.
Poderíamos estar no conforto, mas o conforto não nos leva ao conhecimento interior. À entrega… Posso entregar o quê? Esse conforto? Quem tem dificuldade em entregar o conforto? Ninguém!
O desconforto…
São esses desconfortos que nos ajudam a evoluir, a ultrapassar os nossos desafios, grande parte, desafios do ego!
Sem resistência, passamos pelo sofrimento. Sem planos terrenos, os planos são traçados lá em cima… Deixemo-nos ir. De certo será mais evolutivo, mais sofrido, mais libertador.
Os testemunhos são a prova de que apesar de tanto … De nem sequer conseguirmos alcançar com o sonho, Jesus nos ajuda e nos acompanha na nossa caminhada… Deveremos confiar.
Quando o discípulo está preparado, o mestre aparece…
Isto se estivermos despertos e atentos aos sinais.
A mudança, a libertação, são processos que nos elevam o espírito e nos purificam a energia. A mudança é uma renovação. Não há bem, nem mal… Há caminho.
O bem, o mal, são julgamentos que fazemos, que nos acomodam o interior e nos sustêm o exterior.
Quando nos isolamos, nos sentamos, meditamos e nos aparece a realidade, a verdadeira realidade, sentimos a crueldade do quanto nos exigimos. Porque nos exigimos, se Jesus já nos deu tanto e dá tanto!
Ele habita num templo que é nosso.
O nosso templo, o nosso.
Parece uma posse, mas não é, foi apenas o escolhido por esta luz que habita em mim. Para não falar no resto. Porque como um dia consegui acreditar, ver e saber que sou de luz, por agora fico-me por aqui… (conforto!)
Os teus testemunhos, se fossem só os teus testemunhos, mas não…como já te disse pessoalmente, palavras são palavras, sentimentos, são sentimentos… E o libertar de tantas emoções aprisionadas, devem-se…
Não me vou por a racionalizar, porque passei a vida nisto, e como teria que entrar no âmbito da emoção, é difícil transmitir…
Sei que os teus testemunhos, os teus textos, me ajudam a manter na luz… A manter-me conectada.
Por isso aqui fica um pequenino testemunho (só grande no tamanho) porque para expressar o que transmites, não consigo …
Um abraço
Lurdes

Olinda Cristina disse...

Lurdes, o teu testemunho é impressionante!! Muito, muito, obrigada! Abraço forte.

Graça Ribeiro disse...

Procurar à frente, procurar atràs, procurar longe, procurar perto...no entanto só no seu interior aquele que procurar encontrará!...e Ele estava lá... bem à espera de ser encontrado e vivido.
É assim com Jesus, ele está sempre connosco, e nós ficamos tão dependentes d'Ele!...tão carentes e depois tão mimadas!..
Adorei a tua descrição pois tocou-me bem fundo no meu sentir.
Aquele abraço...