quarta-feira, 22 de junho de 2011

PORTUGAL

Ontem fui com a Tatiana ao aeroporto de Lisboa. Tinhamos que lá ir a um dos parques e desafiei: e se fossemos passear pelo aeroporto? Consultamos os quadros das partidas e das chegadas...passeamos pelo cais de embarque...decidimos qual o destino que seria o preferido neste momento...ambas decidimos que não iríamos para "Malpensa"...pela minha parte, já basta o que basta...assistimos a cenas caricatas, que acho melhor não contar aqui...entramos nas lojas, tal qual como se estivessemos em trânsito...e na loja de produtos portugueses fiquei encantada com a criatividade dos portugueses e com o redimensão que se faz de produtos tipícamente portugueses...

Portugal é uma pérola. Foi esta a expressão que há dias a S. (de que falo no texto Leão Marinho) usou para se referir a Portugal. Disse que foi preciso ir tantas vezes e durante tantos anos ao México para ter noção do país que era Portugal. E para perceber que é um país único, com qualidades únicas. Que o povo é único. Que é um país e um povo com uma luz única. E disse que foram precisas essas viagens todas para perceber isso, que Portugal era uma pérola. E que quanto mais saía de Portugal mais gostava de Portugal. E contei-lhe o que a Joana Solnado tinha escrito na página do Facebook. Escreveu que depois de 8 meses de viagem pelo Mundo, sobretudo pela Àsia, lhe tinham perguntado qual o país de que mais tiha gostado. E que ela tinha respondido sem hesitar: Portugal. E que ter dado esta resposta sem hesitar a tinha surpreendido.

Também contei à S. o que tinha ouvido há poucos dias na RFM, naqueles intervalos em que lêm qualquer coisas relacionada com a Igreja Católica, acho que por volta das 18h; falavam de Portugal, da sua contribuição na descoberta do mundo que se conhece, que o português é uma língua falada em todo o mundo, do império que criou, mas que a única coroa que era usada em Portugal era a da Virgem Maria...E aquilo tocou-me tanto...

A propósito da S. e das outras 2 amigas com quem fiz a viagem para o Porto na última sexta-feira,´entre outras "coincidências" descobrimos que as 4 já tínhamos feito férias em Carreço, uma pequena praia que pertence a Viana. Fui para lá vários anos seguidos, nos meus tempos de casada, e uma destas 4 amigas até tem lá casa. Mas aquilo é tão pequeno, tão pequeno, que parece impossivel que as 4 já lá tenhamos estado...e todas estivemos em casas mesmo em frente ao mar, que praticamente eram em cima da areia...

Quando estavamos a sair de Oeiras com destino ao Porto, íamos tão distraídas com a conversa, a descobrir essas "coincidências" todas, que não viramos para a Crel...depois não viramos para a A1...e fomos parar ao Marquês e à Av. da Liberdade...e estavam a montar lá a tal exposição do campo que depois vi na tv...quando vi aqueles preparativos, eu, que estou sempre a leste de tudo, disse: devem estar a retirar as coisas das marchas populares...mas logo percebemos que não...que era o picnicão...e vimos que o Tony estava a ensaiar...e a S. até sabia um bocado de uma música... que me lembro, que era "qualquer coisa, qualquer coisas...contigo"...e quando cheguei a casa vi que ele vai cantar nas festas de Rebordosa, agora a 2 de Julho. Quando a minha mãe me contou não acreditei. Não pode ser, o Tony com tantos fãs como é que vão caber aqui em Rebordosa? Mas afinal é verdade. E no dia seguinte vai lá o filho. E conversamos sobre ele. E as 4 eramos da opinião que o sucesso dele se deve a uma luz especial que ele tem e que toca as pessoas.

Já quase a chegar ao Porto o marido de uma das amigas telefona e quando ouve sobre o nosso engano que nos levou à Av. dizia no gozo: Vocês de certeza que se perguntaram: "Mas o que é que o Universo nos quer dizer ao nos trazer aqui?"...por mim, lembrou-me da importãncia de fazer o piquenique no dia seguinte, tal como planeado...e de perceber que Rebordosa está cada vez mais próximo de Lisboa: duas cidades unidas pelos mega concertos do Tony.

2 comentários:

Lurdes disse...

Interessante!
Hoje ao ler o teu texto, tive acesso a uma emoção incrivel. O desejo de ficar na R. P. Da China, a minha primeira viagem ao Oriente. Sentia-me tão feliz, tão feliz, que já não queria voltar para Portugal. Dizia muitas vezes: - Se não fosse filha unica, e não tivesse familia, ficava aqui para sempre. Fiz tantas, tantas viagens à China, vivia em NAnjing, trabalhava todos os dias nos hospitais desta cidade. O incrivel mesmo, é que todas as minhas outras vezes, que viajei para a mesma cidade, só pensava no meu país, no meu Portugal. A temperatura excedia os quarenta graus e a humidade rondava os noventa por cento, não se via o céu, não se via sol. A saudade do céu domaus país, do azul do céu, e do sol, do nosso sol quente, brilhante. Estive um mês sem ver o céu, só o cinzento. Bloqueei a energia de maneira, que surgiu a consequência mais directa, Adoeci... De tal forma, que uma das vezes que cheguei a Portugal, familiares e amigos, quando me viram desembarcar, nem queriam acreditar. Não parecia eu, nao o era, não sei o que era? A emoção ainda hoje não a intuí, não a senti, bloqueei-a.
O que se passou?
O teu texto no aeroporto, relembrou-me quando passava horas e horas, em trânsito noutros aeroportos...
O mais engraçado foi contares a historia também de um sincronismo incrivel, o do Tony que esteve em Lisboa e vai à Rebordosa. É talvez um dos artista portugueses, com um clube de fãs maior em Portugal.
Que lindo!
Nada nesta vida acontece por acaso. Antes pelo contrário, abre-nos o horizonte e o coração.
Obrigada Olinda, por mais uma história real. Acabei por vivenciá-lá lá em cima. Acordei e voltei para aqui e como sempre a comentar, mais um texto ... Lindo...
Um grande abraço
Lurdes

Olinda Cristina disse...

Que experiência incrível...sozinha na China... e bendita experiência que te permite agora seres tão mágica nos teus tratamentos...Muitos Parabéns, Lurdes, nem todos teriam esta coragem! Beijo e abraço grande.