domingo, 22 de abril de 2012

GEORGI, O PINTOR HUNGARO

O meu vizinho hungaro chamou-me para ver os últimos quadros dele. Nunca o tinha visto pintar animais. A minha máquina só me deu tempo de tirar estas fotos, antes de ficar sem bateria.

















Os quadros são uma delícia mas ver a facilidade com que pinta é ainda mais deliciosa.

Delicioso também é a forma enviesada como fala português.

Perguntava-me ele se um quadro não for pintado com o coração e com paciência, quem é que o compra?

E dizia-me que um quadro não é arte. É energia. E que quem compra não sabe porque compra. Sabe que sente qualquer coisa quando olha para o quadro. Sabe só que aquele quadro o energiza, mas porquê não sabe. E que quando as pessoas sentem isso em relação a um quadro o dinheiro aparece para o comprarem.

E que isso do dinheiro é relativo. Tenhamos muito ou pouco gastamo-lo.

E que a vida é demasiado curta para perdermos tempo com estupidezes. E que não é o trabalho que interessa ou o que ganhamos com ele mas o que sentimos quando fazemos. E que na verdade o que ele, George, faz, não é pintar, é passar energia.












(Esta foto já tirei há alguns meses).

1 comentário:

Chalezinha disse...

Parece-me que o George sabe das coisas que realmente importam! :)