quarta-feira, 16 de maio de 2012

A LINDA SOFIA

És o Zé Miguel, não és?

Sou.

Não me estás a reconhecer?... Imagina-me sem cabelo...

O Zé Miguel não tinha reconhecido logo a Sofia. Uma rapariga linda, lindíssima, que esteve lá no IPO na mesma altura. Mais velha do que ele um ou dois anos. Saber se ela estava no internamento ou não era logo uma preocupação do Zé Miguel quando chegavamos.

Reencontraram-se agora nas noitadas da Queima das Fitas.

A mãe igualmente era igualmente linda. Conversavamos muitas vezes. Angustiei-me muito com cada complicação que surgia à filha na sequência das operações. Estudava para exames. Não sei como conseguia. Estar em isolamento e estudar para exames. Para mim era de doidos. Na verdade era uma forma de fugir ao que doía.

Tanto estava lá a mãe como o pai. O pai normalmente estava com a madrasta, que a Sofia adorava. E pai e mãe, apesar de separados encontravam-se e conviviam. Independentemente da forma como se dessem, estas situações têm destas coisas. As pessoas vêm-se em situações impensáveis e tudo se enfrenta e tudo se relativiza. Afinal nada tem a importância que nós lhe damos.

2 comentários:

Diario de um Sonho disse...

Nada tem a importância que lhe damos. Sem duvida. Mas o tempo faz-nos esquecer aprendizagens tão importantes omo esta e depois la vem a vida mais uma vez lembrar-nos e voltamos sempre a desejar nunca mais esquecer. Ainda hoje estávamos a fazer o jantar e a comentar isto mesmo. Adoro partilhar a casa contigo. ès uma amiga magica.
Adoro-te
Lena

Olinda Cristina disse...

Mágico é isto tudo...falarmos disto ao jantar, estares a escrever este comentário ao meu lado e eu não ter dado por isso...Mágica é a nossa amizade. Tu e o Rui trazem verdadeira magia à minha vida. Quanto mais confio nas propostas da Vida, mais alegria e encanto ela me devolve. Estou a viver uma das experiências mais incríveis da minha vida, ao vosso lado. Nunca pensei ser tão feliz e tão alegre. Também te adoro, amiga.