domingo, 22 de julho de 2012

SAUDADES E AMOR

Estou no Porto há duas semanas e tenho a sensação de estar há dois meses. Nunca tive tantas saudades de Lisboa, ou melhor de Oeiras. Que agora até é de Algés. Logo na despedida da Lena e do Rui, já foi difícil. Nenhum de nós estava a compreender porque é que estava a ser tão difícil para todos. E só de estar a escrever já estou muito emocionada. Sempre que penso: vou ligar à Lena só para ouvir a voz dela e dizer-lhe a ela e ao Rui das saudades que tenho, ela liga, e vice-versa. Mantemo-nos em sintonia, apesar da distância.

Não estar lá no Optimus Alive, em que se ouviam em casa todos os concertos e um dos ecrãs gigantes dava directamente para a nossa varanda, foi especialmente difícil para mim. Tinha cá o meu filho a recuperar da operação e ir para Algés, nem que fosse só por esse fim de semana, estava fora de questão. A Lena ligava-me para eu ouvir através do telefone o som que se ouvia na nossa casa, e contava-me que o Rui estava a fotografar tudo para depois me mostrar. Mas segundo eles me disseram, a confusão à porta de casa era tão grande, tantos milhares de pessoas pelas ruas, que eles fugiram para o barco deles.

E por falar em barco, dias depois da operação do meu filho, numa meditação, Jesus mostrou-me a imagem do meu barco de luz estar a chegar a um porto, onde muitos outros barcos o esperavam. Como se estivesse a chegar a um lugar seguro, a um porto de abrigo. Mais tarde explicou-me o significado daquela imagem. É que estava mesmo num porto seguro, que é, literalmente, o Porto. Que foi onde passei uma prova dura, com a operação e difícil recuperação do meu filho, mas onde ao mesmo tempo tinha a minha família e a maior parte dos meus amigos para me apoiarem.

Explicou-me também que fui trazida para o Porto, para viver um amor. Que fui trazida ao colo e posta ao lado dele (literalmente) e me fizeram tropeçar nele (quase também literalmente), para que não tivesse dúvidas que eram eles (o povo de Céu) que estavam a tratar de tudo. Que estava na hora. Que já tinha vivido a desilusão. A desmontagem das minhas expectativas. Das minhas e das que me foram criadas. Já tinha passado pela traição da confiança. E que estava pronta para um novo tipo de desafio. Agora com mais transparência. E menos expectativas.

Antes desta explicação, quando falava com a Lena dizia-lhe que não estava a perceber porquê de tanto tempo no Porto, mas que também ainda não tinha perguntado a Jesus. A resposta d'Ele foi surpreendente. Como a Vida.

2 comentários:

Sílvia disse...

Olá bonequinha :)
Fiquei super emocionada quando li este texto, era fácil de perceber que havia um motivo para teres que ficar no Porto, para a operação do teu filho ter sido alterada, só que esse motivo era tudo menos óbvio, absolutamente inesperado, não é...
Estou muito feliz por ti, tu mereces um amor, aliás um grande amor...
Um grande beijo, até quinta-feira (finalmente yesyesyes :)))))))))))

Olinda Cristina disse...

Sílvia, falta só um dia:)))) fico muito feliz...Beijo enorme e até 5ª!